Bom dia! Você sabia que a poluição matou sete milhões de pessoas no mundo em 2012, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde ) divulgados em março deste ano? A conta é a seguinte: 40% das mortes foram causadas por doenças isquêmicas do coração, 40% por AVC´s (acidente vascular cerebral) e 20% por doenças respiratórias, como câncer de pulmão. Mas será que é possível prevenir os males causados pela poluição?
O otorrinolaringologista Cícero Matsuyama , do Hospital CEMA, explica que algumas medidas podem reduzir os danos causados pela poluição.
— Quando a exposição for inevitável, como sair para o trabalho ou escola, não existe fórmula mágica para a não exposição, porém, se for possível escolher, prefira os horários matinais, ou após as 20h, nunca das 15h30 às 18h30.
Optar pelo transporte público, oferecer carona às pessoas que compartilham o mesmo itinerário, escolher transportes urbanos com energia limpa, tais como trólebus, metrô e trem são alternativas não somente para evitar exposição à poluição, mas de cidadania, como lembra Matsuyama.
No que diz respeito aos cuidados dentro de casa sim, — a poluição também entra no ambiente doméstico – o especialista recomenda especial cuidado na higienização do lar.
— Limpeza com panos úmidos nos móveis é melhor, pois os espanadores e similares só dispersam mais os agentes nocivos do trato respiratório.
Manter janelas abertas na parte da manhã, pois nestas horas há menor concentração de partículas poluidoras, filtros circuladores de ar e condicionadores de ar devidamente limpos (em alguns centros urbanos a periodicidade deve ser mensal), nunca utilizar motores e máquinas alimentados por combustível fóssil em ambientes fechados são algumas dicas para evitar a poluição doméstica.
É sabido que pessoas que moram em metrópoles são mais vulneráveis à poluição. No entanto, o médico lembra que os números não são conclusivos.
— Existem estudos que mostram que as pessoas que moram em grandes centros urbanos têm uma menor perspectiva de vida e maiores chances de desenvolver doenças respiratórias e cardiovasculares, em número algo em torno de 10% a 15%.
O especialista analisa que o ritmo de vida nas grandes metrópoles impulsionou muito o crescimento nos índices de poluição — e suas consequências — principalmente pelo incentivo ao uso de transportes individuais.
— O Brasil caminhou na contramão do bom senso verde, em que se valorizou a construção de avenidas e a não construção de linhas férreas ou metrô. Sofremos do ponto de vista econômico e, principalmente, pelo bem-estar físico da população.
Font: R7