Brasileiros criam “Uber do câmbio” e facilitam trocar moeda sem IOF
Qual a
primeira coisa que você faz para comprar moeda estrangeira quando vai viajar?
Posta no Facebook para saber se algum conhecido tem dólares ou euros restantes
para venda, certo? Afinal, geralmente, conseguir um conhecido com moeda
estrangeira é a forma mais fácil e barata de conseguir o que você precisa. Só
depois, você acaba indo atrás de casas de câmbio.
E se todo
mundo fosse teu conhecido? É o que propõe o aplicativo Monepp, que, inspirado
na Uber, facilita o encontro entre pessoas interessadas em troca de moedas.
Você tem a demanda por moeda e outra pessoa tem a oferta. Vocês se encontram,
trocam o dinheiro e pronto. Ou seja, você não paga IOF e a taxa geralmente é
mais competitiva (sem o spread de compra e venda, ou, talvez, um meio termo
entre os dois).
A utilização
do aplicativo, disponível só para Android, é fácil. Você só precisa
cadastrar-se e, dois minutos depois, já pode comprar ou vender. Quem quer
vender deve informar quais moedas estão disponíveis, quais aceitam em troca e
qual a cotação. E quem quer comprar, é necessário apenas o cadastro e, em
seguida, a busca por moeda e região.
O Monepp tem
um sistema de geolocalização, que possibilita ao usuário determinar o raio de
proximidade que deseja na busca de ofertas. Os interessados, então, se
comunicam pelo chat do aplicativo e devem marcar encontro presencial para
efetivar as trocas combinadas. “O Monepp, portanto, não realiza e não se
responsabiliza pelo câmbio das moedas, apenas promove o encontro de pessoas com
este interesse em comum”, explica Felipe Barbosa, CEO do Monepp.
Aí a mágica
da economia colaborativa aparece. “Os usuários não possuem nenhum vínculo
profissional com a empresa desenvolvedora. Cabe a estes a avaliação da
credibilidade e da reputação dos vendedores e compradores no próprio
aplicativo, por meio do ranking de avaliações disponibilizado e mantido pelos
próprios usuários”, conta.
O aplicativo
surgiu da vontade de um trio de amigos interessados em Economia de encontrar
mais possibilidades e melhores ofertas para compra de dólar no Brasil. Foi
então que Felipe Barbosa se juntou com Renan Greca e Giancarlo Camilo para
formar o aplicativo, que contou com o apoio de um grupo de investidores do
Paraná para sair do papel. “Acreditamos que as pessoas devem ter a liberdade
para escolher de quem e como querem trocar seu dinheiro, evitando procedimentos
burocráticos e buscando praticidade”, explica Felipe.
Os três
sócios se dedicaram plenamente à execução do projeto, que teve investimento de
R$ 200 mil desde o final de 2015, quando foi criado e submetido a testes na
Venezuela, primeiro mercado a receber o aplicativo. “No Brasil,
pretendemos atingir inicialmente as capitais com maior fluxo de turistas, e, a
depender do sucesso do Monepp, expandir para toda a América Latina”, declara,
com o objetivo de atrair 100 mil usuários até o final de 2016.
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